Uso de forrageiras no combate a erosão e assoreamento

O uso de forrageiras ajuda na diminuição de processos erosivos. 

 

Neste artigo, entenda como elas agem para evitar a perda das camadas superficiais do solo.

Qual o conceito de erosão?

A erosão acontece quando partículas do solo se desprendem e são transportadas para locais onde não estavam inicialmente, normalmente esse fenômeno ocorre devido a ação das chuvas e água corrente (erosão hídrica). Essa água que escoa pelo solo não fica disponível para as plantas e ainda carrega nutrientes e matéria orgânica. O resultado da erosão nas áreas de baixada pode ser voçoroca, e nos rios pode ser assoreamento ou contaminação da água.

 

Rios assoreados, por exemplo, transportam menor volume de água, também correm o risco de transbordamentos ou ter as bordas erodidas.

 

Esse fenômeno acontece quando não são realizadas práticas conservacionistas, conforme as condições edafoclimáticas da região, acarretando prejuízos econômicos, pois na área há perdas de nutrientes que precisarão ser repostos com adubação e calagem ou,  tornar-se inutilizável (como nas voçorocas).

 

Como realizar o controle da erosão?

Realizar práticas conservacionistas conforme a potencialidade e a fragilidade da sua propriedade reduzem as chances de erosão, e são divididas em:

Práticas edáficas

Também conhecida como práticas culturais, elas estão relacionadas com os sistemas de cultivos estabelecidos na propriedade, como:

  •     Plantio em curva de nível;
  •     Plantio direto;
  • Implantação de sistemas integrados como a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF);

Práticas mecânicas

A erosão pode ser amenizada, com a construção de estruturas artificiais como bacias de contenção, terraceamento, canais de escoamento, etc.

Práticas vegetativas

São métodos que utilizam a cobertura do solo com plantas, evitando o impacto da chuva sobre o solo descoberto, ou o uso de barreiras contra a retenção ou diminuição da velocidade de escoamento da água das chuvas.

 

Uso de cobertura vegetal para o controle de erosão

Em áreas propensas à erosão é essencial que o solo não fique sem cobertura vegetal. 

Um solo coberto irá:

  • Evitar a ação direta da água da chuva ou do vento que irão causar a desagregação e transporte de partículas minerais, interceptando a chuva pela parte aérea;
  • Reduzir a compactação do solo e o escoamento de água em superfície;
  • Aumentar a permeabilidade do solo;
  • Melhorar a resistência da camada superficial, através do efeito exercido pelas raízes.

 

Em erosões do tipo voçoroca, por exemplo, o uso de cobertura de solo são as mais indicadas para a recuperação da vegetação das áreas degradadas.

Como escolher a espécie forrageira ideal?

O uso de forrageiras é uma prática bastante eficiente para o controle da erosão e também na proteção da superfície do solo, elas auxiliam na conservação da umidade para o desenvolvimento dos microrganismos e promovem a reconstituição da estrutura, incrementando a matéria orgânica do solo.

 

Para escolha da forrageira deve-se levar em consideração:

1) As condições locais de solo e clima

Áreas erodidas apresentam baixa fertilidade do solo, e esta característica acaba limitando o estabelecimento das plantas. Nestes casos é importante escolher uma forrageira adaptada a estas condições. Alguns exemplos de espécies forrageiras adaptadas a solos de baixa fertilidade são a Brachiaria decumbens cv. Basilisk e a Brachiaria humidicola cv. Llanero (Dictyoneura).

2) Estrutura da planta

As espécies de forrageiras selecionadas para controle de erosão devem apresentar uma boa cobertura do solo. Suas raízes devem ser densas e resistentes, que formam uma malha no solo.

 

Essa formação favorece a estrutura do solo, e por conseguinte permite maior infiltração da água e reforço mecânico no solo, para serem implantadas no fundo do canal ou nas laterais das ravinas e voçorocas, locais com quantidade significativa de umidade.

 

Além disso, devem ser adaptadas a uma ampla variação de temperatura, pH do solo, condições de umidade, baixa fertilidade, compactação do solo, entre outras características importantes.

Como é feita a implantação das forrageiras no terreno?

A semeadura no terreno afetado pode ser feita através de plantio a lanço, e incorporadas sempre que possível – especialmente em áreas de morro, onde as sementes que não são incorporadas podem ser arrastadas pela chuva ao invés de ficarem e germinarem no ponto onde caíram.

 

Em solos com inclinação, uma excelente opção é a Brachiaria humidicola cv. Llanero (Dictyoneura), que além de uma boa adaptação a solos de baixa fertilidade, possui também um crescimento lateral bem agressivo, devido ser uma planta estolonífera.

 

Após o processo de implantação das espécies é fundamental que se tenha um acompanhamento e manutenção do local, para assim garantir bons resultados.

 

Sementes SOESP Advanced ajudam a combater processos erosivos

Escolher uma boa semente é fundamental no controle de erosão. As sementes blindadas SOESP Advanced são ideais para o plantio em áreas de solo erodido. Veja abaixo o porquê você deve escolhê-las:

 

O tratamento utilizado nas sementes é composto por dois fungicidas e um inseticida, evitando ataque de pragas e proliferação de fungos que prejudicam o processo de germinação. Além disso, as sementes precisam ter um bom estabelecimento em áreas erodidas para ter uma cobertura bem homogênea no solo. A qualidade dos insumos utilizados é essencial nas práticas conservacionistas, por isso o tratamento Advanced utilizado pela SOESP é ideal para estas situações, já que as sementes apresentam alto valor cultural, ou seja, sementes com altíssima pureza e viabilidade.

 

Conclusão

O processo erosivo é um prejuízo para os produtores, pois diminui a fertilidade do solo e por conseguinte acaba afetando a produção. Se não forem realizadas práticas conservacionistas adequadas, a tendência é o processo erosivo evoluir.

Entre as medidas mitigatórias, o uso de forrageiras é um método muito utilizado, pois suas raízes formam uma malha que contribui para a estruturação do solo e também impedem o impacto da chuva direto no solo.

 

Para cobertura vegetal, formar forragem com sementes SOESP Advanced é uma escolha inteligente, já que sua tecnologia protege as sementes com fungicida e inseticida até a germinação, e o tratamento uniforme permite uma cobertura do solo homogênea. Para mais informações, conheça a nossa linha de produtos disponíveis com  a Tecnologia SOESP Advanced ou fale com nosso time comercial mais próximo de você!

 

Referências

Andrade, Aluísio Granato de; Chaves, Tiago de Andrade. Sustentabilidade: Manejo contra erosão. Revista Agro DBO- agosto 2012.  p.42-46. Disponível em: <https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/67984/1/manejo-contra-a-erosao.pdf>. Último acesso em 04 de jun de 2022.

Embrapa. Erosão causa prejuízos econômicos e ambientais no Paraná. Disponível em: <https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/36905812/erosao-causa-prejuizos-economicos-e-ambientais-no-parana#:~:text=Entenda%20o%20problema-,A%20eros%C3%A3o%20%C3%A9%20um%20processo%20de%20desagrega%C3%A7%C3%
A3o%2C%20transporte%20e%20deposi%C3%A7%C3%A3o,%C3%A1reas%20onde%20n%C3%A3o%20estavam%20inicialmente>. Acesso em 06 jun 2022.

Marques, Thamy Evellini Dias. Uso de gramíneas em consórcio com leguminosas para recuperação de voçorocas. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Ouro Preto, Instituto de Ciências Exatas e Biológicos. Departamento de Biodiversidade, Evolução e Meio Ambiente. 2011, 83p. Disponível em: <https://www.repositorio.ufop.br/bitstream/123456789/3033/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O_UsoGram%c3%adneasCons%c3%b3rcio.PDF>. Último acesso em 04 de jun de 2022.

Verdum, Roberto Métodos e técnicas para o controle da erosão e conservação do solo. Porto Alegre: IGEO/UFRGS, 2016. 50 p. Disponível em:  <https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/189684/001007309.pdf?sequence=1>. Último acesso em 04 de jun de 2022.