Você sabia que cuidar do solo é uma responsabilidade do agricultor que visa a máxima produtividade da sua cultura?

 

O solo representa a principal interação do planeta Terra com seu ambiente. Por isso a adoção de estratégias de manutenção das características dos solos é fundamental para melhorar a produção e, consequentemente, garantir o bem-estar do planeta.

 

Veja quais são as 5 medidas que mais funcionam e que ajudam a cuidar do solo com eficiência.

 

1. Pondere o uso do plantio direto

 

O sistema plantio direto visa elevar a produtividade das culturas, permitindo um cultivo mais sustentável e possibilitando a implementação de áreas de grãos em regiões com solos rasos onde previamente o cultivo era muito mais dificultoso.

 

Atualmente essa técnica desponta como um dos meios mais eficientes para cuidar do solo, principalmente devido à mantença da palhada na superfície do solo. Essa palhada contribui com numerosos benefícios que ajudam a cuidar do solo. Entre os benefícios pode-se destacar:

 

• Proporciona maior retenção de água no solo.
• Promove a reciclagem de nutrientes, devido à maior concentração de matéria orgânica no solo.
• Ajuda a melhorar a microbiologia do solo.
• É de grande importância no controle de daninhas.

 

Mas, para que o plantio direto seja eficaz é preciso considerar a quantidade e a qualidade do resíduo — ou seja, da palhada.

 

2. Promova a rotação de culturas para cuidar do solo

 

Outra maneira bastante importante para cuidar do solo e aumentar a produtividade agrícola é adotar a rotação de culturas.

 

Todos nós sabemos que repetir a mesma cultura na mesma área diversas vezes gera muitos danos à cultura, além de obrigar o agricultor a intensificar seus esforços para manutenção do solo. Com o tempo certamente isso levará à degradação e à queda de produtividade.

 

Em contrapartida, a rotação de culturas promove uma diversificação no cultivo de espécies vegetais, ajudando a renovar o solo e reciclando suas propriedades nutritivas. Assim, as vantagens da rotação são:

 

• A espécie cultivada deixa matéria orgânica no solo, enriquecendo-o.
• A porosidade do solo aumenta, em razão do cultivo de espécies com diferentes tipos de raízes.
• Facilita a penetração de água no solo, contribuindo para o aumento da atividade biológica e melhorando as condições nutricionais do solo para as plantas.
• Aumenta a disponibilidade de nitrogênio no solo mediante uso de espécies leguminosas na rotação.
• Quebra a persistência de pragas e doenças.

 

Além disso, com a rotação de culturas o solo é melhor aproveitado, ajudando a reduzir os custos, uma vez que serão utilizados menos defensivos e insumos na lavoura.

 

3. Use estratégias para evitar a compactação do solo

 

Já é consenso que um solo compactado irá trazer muitos prejuízos para a sua qualidade e consequentemente para a sua produtividade, principalmente de pastagens. Sabe-se que a porosidade de um solo compactado é bastante reduzida, e isso compromete a permeabilidade da água.

 

Exatamente por isso as plantas de interesse têm muita dificuldade de estabelecimento em solos compactados.

 

Portanto, para a manutenção de um solo fértil é necessário estar sempre atento aos processos de compactação do solo e promover ações que combatam esses processos.

 

Para o controle da compactação do solo, você deve ponderar o uso das seguintes estratégias:

 

• Faça melhor controle do tráfego, principalmente de máquinas agrícolas e de animais em excesso.
• Faça a rotação e sucessão de culturas, inclusive com uso de plantas com sistema radicular mais profundo.
• Considere a escarificação.

4. Adote a Integração Lavoura-Pecuária

 

O controle de plantas daninhas e outras pragas é reconhecidamente como um grande desafio para cuidar do solo, principalmente porque elas são grandes responsáveis por reduzir a produtividade agrícola. Mas você sabia que é possível controlar plantas daninhas fazendo uso da Integração Lavoura-Pecuária?

 

Dentre as diversas opções de ILP, destaca-se o consórcio do milho com braquiária. O milho é uma cultura que possui grande adaptabilidade ao Brasil. Já a forrageira contribui para a formação de cobertura, visando a implantação do sistema de plantio direto.

 

Dessa forma, quando mantemos a área sempre bem formada e estabelecida com o uso de um manejo adequado, dificultamos o surgimento de daninhas.

 

5. Pondere ações para controle da erosão do solo

 

A erosão é outro problema bastante grave se não houver medidas que evitem sua ocorrência. Esse é um processo oriundo da degradação do solo, onde usos mais agressivos dos solos vão ocasionando perda de solo — ou seja, a erosão.

 

As principais causas da erosão do solo são a remoção ou perda da cobertura verde e matas auxiliares, plantio em terreno muito inclinado, queimadas, monocultivo, uso abusivo de fertilizantes e agrotóxicos e pastejo excessivo.

 

Assim, observa-se que o solo natural, sem a proteção da pastagem, agravado pela declividade e pela ação da chuva tende a provocar erosões.

 

Para evitar a erosão e cuidar do solo, algumas medidas são fundamentais:

 

• Mantenha a vegetação no solo — quando temos uma área de pasto bem formada e estabelecida com manejo correto, a ocorrência de erosão tende a ser bem menor.
• Mantenha e recomponha as matas nas margens de rios e riachos.
• Promova a rotação de culturas no solo.

 

Por fim, verifica-se que pelo simples fato de não haver preparo do solo e de se manter o terreno sempre coberto com resíduos vegetais ajuda-se no controle de perdas por erosão, além de promover melhorias nas qualidades químicas e físicas do solo, que refletem na produtividade das culturas.

 

Siga essas dicas e saiba cuidar do solo da melhor forma. Aproveite e saiba mais no blog da Semente| SOESP.